Ensaios

Os lagos de Narciso

A troca de ideias, o confronto com a diferença que é o outro, a interdisciplinaridade, permitem-nos triangular a nossa observação na confiança de um conhecimento mais objetivo.

Sem negar a evidência sábia de que duas cabeças pensam melhor do que uma, de que o conhecimento ganha profundidade no exercício da observação coletiva livre, múltipla, original, quero por um instante contrabalançar a palavra ‘objetivo’ com a palavra ‘confiança’, argumentando que parte dessa confiança resulta do sentimento de comunidade, do sentimento de pertença e ligação ao universo.

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baixa frequência – parte 2

Em suma, não só os instrumentos mais pequenos vibram em frequências mais altas, como acabam por estar, pelas razões apresentadas, no epicentro cultural, numa rede de alta frequência de pessoas e eventos. Outras razões contribuem naturalmente ou não poderíamos explicar a presença também dominante do piano, à margem desta relação de escala (mas não do virtuosismo). Neste contexto, os instrumentos maiores acabam por vezes relegados à esfera do excêntrico e do pitoresco.

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baixa frequência – parte 1

São zonas de transição, de aparente descuido e abandono, de utopias degeneradas por vezes. Não digo que estejam necessariamente à margem do sistema, apenas que tudo acontece de forma mais lenta e mais livre. São menos pessoas a circular, menos automóveis, menos lojas, menos manutenção, menos controlo. Sintetizando – são zonas que vibram numa frequência mais baixa. 

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as perguntas

É a fotografia um mero reflexo da realidade? Ao apreciar uma imagem relacionamo-nos com os objetos retratados em particular ou enquanto abstração iconográfica? É a fotografia

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da mesma árvore

Será a descoberta da beleza um regresso à infância, a memória desbotada de um sonho? Ou um ímpeto biológico, expressão de unidade no que é diverso? Entretenimento missão? É o que nos separa da morte ou o que se estende para além de nós?

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latente

O jardim urbano representa, na moldura que o separa da cidade, um instante de domínio sobre a natureza, de fixação. É o retrato latente do Paraíso perdido, do nosso habitat natural ancestral. 

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Torel

Multiplicam-se pela cidade numa competição aguerrida pela luz. Representam de forma literal a pluralidade de perspetivas e pontos de vista com que espreitamos o mundo. 

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