O conhecimento humano desenvolve-se no encalço do semelhante, pela identificação entre o que está dentro e o que está fora de nós. Sendo limitado, não nos podemos dar ao luxo de descartar a informação que provém (necessariamente) dos sentidos no seu contacto direto com a realidade.
Visita Guiada, uma pesquisa sobre a memória.
Os elementos visuais de um espaço, de uma paisagem, representam um papel fulcral na construção da familiaridade a que chamamos memória. A paleta cromática, a densidade rítmica, a distribuição da forma nos planos vertical e horizontal, assumem em cada lugar a singularidade de uma impressão digital.
A Ameaça do Estereótipo define-se como uma espectativa negativa em relação ao desempenho de uma minoria étnica ou cultural num determinado contexto social, académico ou profissional. Essa suposição negativa causa inevitavelmente ansiedade e stress cognitivos, constituindo uma distração que drena a energia e a concentração.
Existem custos éticos a pagar por quem busca ascender socialmente, transformar drasticamente as suas circunstâncias de vida. Esses custos afetam as relações com a família e amigos, o senso de identidade cultural e de pertença, e são éticos na medida em que dizem respeito aos aspetos da vida que lhe dão valor e significado.
Os corpos esculpidos das mulheres nos jardins cuja nudez ebórea, submissa, de tão familiar, nos passa despercebida, invisível, seja pela familiaridade, seja pela referência ao remoto classicismo, que é em geral aposta mais segura e consonante enquanto citação artística ou arquitetónica na esfera pública.
Toda a fotografia (ou pelo menos todo o retrato) é, na sua essência, uma busca pela identidade, a própria e a do outro. Um retrato é uma troca de olhares entre o sujeito e o fotógrafo, numa justaposição reveladora.
Cinco é também um testemunho, uma Visão sobre o Ensino Especial como matriz de um ensino verdadeiramente inclusivo e diversificado, centrado no indivíduo, no que o torna ímpar. É um convite a olhar para além da deficiência, além do contacto primeiro que nos choca ou sensibiliza. A olhar para além da Diferença, a soprar a cortina dos medos e preconceitos que nos remete para uma espécie de marginalidade silenciosa.
Paxton desenvolve o seu trabalho em zonas de conflito como o Iraque, a Síria, a Ucrânia ou a Africa Central, não se focando, contudo, no epicentro dramático da ação, para onde os olhos do mundo estão virados. A sua atenção é antes dirigida para atividades paralelas como o desporto, que na sua visão tem dinâmicas similares com as testemunhadas nos campos de batalha. Procura capturar as interseções e os limites de um evento trágico, honrar a humanidade que resta.
A fotografia na parede corresponde à materialização, à objetivação de realidades preceptivas, subtis, intangíveis. Dá-nos a proximidade e a subtileza do pensamento, da apreciação estética, e devolve-nos o toque.
O jardim proporciona um maior ou menor grau de imersão (interioridade), de rutura ou continuidade do tecido urbano. Neste sentido podemos definir transparência como o grau de permeabilidade visual do jardim. Quanto maior a transparência maior consciência temos da cidade, quanto maior a densidade, maior consciência temos do jardim.
